terça-feira, 26 de agosto de 2008

Cine Bairro - Tráfico Humano

Batucada Feminista e Sonhadoras de Lilás exibe o filme Tráfico Humano

Batucada Feminista e o grupo Sonhadoras de Lilás exibe o filme Tráfico Humano, como parte das discussões sobre mercantilização do corpo e da vida das mulheres.

O filme tráfico humano é um filme forte que retrata a realidade mais cruel da mercantilização do corpo e da vida das mulheres.

O filme será exibido no dia 26 de agosto de 2008, na sede do Grupo Mulheres em Ação, no bairro Nova Vida.


Sinopse do filme
Centenas de milhares de jovens mulheres desapareceram, forçadas pela violência a uma vida infernal. Elas viram carga rentável na indústria moderna da escravidão. O submundo as chama de tráfico humano... Enquanto uma jovem de 16 anos da Ucrânia, uma mãe solteira da Rússia, uma orfã de 17 anos da Romênia e uma turista adolescente de 12 anos se tornam vítimas de traficantes internacionais, um time especializado de agentes federais luta para expor a rede mundial que as escravisou. A agente Kate Morozov (Mira Sorvino) conhece os horrores da exploração sexual de perto e se dedicada a desmantelar a rede e trazer os culpados para a Justiça. De uma câmara de torturas no Queens, Nova York, até os caçadores de "carne" da Rússia, a caçada começou e os destinos dos agentes especiais, dos traficantes sem escrúpulos e suas vítimas sem defesa colidem em um barril de pólvora de proporções internacionais. Apresentando Donald Sutherland, ganhador so Emmy e do Golden Globe, Mira Sorvino (Poderosa Afrodite - Oscar de mlhor atriz coadjuvante) e Robert Carlyle (Transpotting), Tráfico Humano é ao mesmo tempo um thriller envolvente, um aviso e uma das mais importantes histórias do nosso tempo.

A nossa luta é todo dia, somos mulheres e não mercadoria!!!
A nossa luta é todo dia, somos mulheres e não mercadoria!!!
A nossa luta é todo dia, somos mulheres e não mercadoria!!!



quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Helena Hirata na SOF

No dia 20 de agosto de 2008, quarta-feira, às 19 horas, Helena Hirata estará na SOF Sempreviva Organização Feminista para falar sobre "As teorias contemporâneas da divisão sexual do trabalho e a questão de gênero".

Helena Hirata é militante feminista e pesquisadora em sociologia no GERS (Gênero e Relações Sociais) do CNRS (França), ex GEDISST. Ela desenvolve pesquisas comparativas internacionais no Brasil, França e Japão sobre trabalho e relações de sociais de sexo.

Entre seus livros publicados estão A Divisão Sexual do Trabalho; Dicionário Crítico do Feminismo; Nova Divisão Sexual do Trabalho? Um Olhar Voltado para a Empresa e a Sociedade; Novas Fronteiras da Desigualdade: Homens e Mulheres no Mercado de Trabalho; entre outros que também fazem parte do Centro de Documentação da SOF.

Estarão disponíveis para venda livros da autora.



A SOF fica na Rua Ministro Costa e Silva, 36, Pinheiros.
Informações e confirmação de presença pelo telefone (11)3819-3876.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Próximo Ensaio da Fuzarca Feminista

Fuzarqueiras de São Paulo e arredores, nosso próximo ensaio será no dia 9 de agosto, no Vão Livre do MASP, na Avenida Paulista. É fácil de localizar. Estaremos lá a partir das 14h00.
Compareçam!!!

Relato do Ensaio da Batucada de São Paulo, a Fuzarca Feminista!

No último dia 26 de junho, a Fuzarca Feminista realizou seu ensaio em plena Avenida Paulista, logo abaixo do maior vão livre da América Latina, o Vão Livre do Masp, Museu de Arte de São Paulo.

Foi uma hora muito bacana porque as pessoas que passavam pela Av. Paulista ouviam nosso batuque e se aproximavam querendo saber quem a gente era e o que fazíamos ali.

Então garotas nós tivemos a impressão de que alcançamos 2 objetivos ao escolher um local aberto para ensaiar:

1)é uma oportunidade de mais mulheres conhecerem a MMM e o nosso feminismo e assim se integrando em nossas atividades e ações, inclusive as da ofensiva contra a mercantilização da vida e do corpo das mulheres.

2)percebemos que a dinâmica de realizar o ensaio em espaços abertos, no melhor estilo "ensaio aberto" pode funcionar para os coletivos que não conseguem um espaço fechado pra ensaiar, como era o caso da Fuzarca Feminista aqui de São Paulo. Desde que você não resolva ensaiar do lado de um hospital, por exemplo (rss)


Assim que esse pequeno relato do nosso último ensaio tem como objetivo animar as batucadas nos estados, porque nosso tempo até p FSM está ficando curto...

saudações feministas e batuqueiras
Camila Furchi
MMM/Fuzarca Feminista

Estudo de texto sobre a mercantilização, em Mossoró/RN

Olá gente,
Um recado da Batucada Feminista e do grupo Sonhadoras de Lilás

Em Mossoró/RN, hoje a tarde, às 17h30min, vamos discutir o texto crítica feminista à sociedade de mercado, que é um texto da mais nova revista da Marcha Mundial das Mulheres. Ah, a revista ficou linda e os textos todos muito legais.

A nossa luta é todo dia, somos mulheres e não mercadoria!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Nota de resposta da MMM

É profundamente lamentável a entrevista do Juiz de Direito Marcelo Colombelli concedida ao Jornal Correio do Povo e publicada na edição de 26/07/08, acerca da Lei 11.340/06, a denominada Lei Maria da Penha. A constitucionalidade da Lei Maria da Penha está na efetividade que ela dá aos dispositivos do referido Artigo 5º da Constituição Federal de 1988, quando trata das garantias fundamentais, na República Brasileira. Afirmando que a inviolabilidade da vida, da liberdade, da segurança e da igualdade são direitos inerentes a todos e todas, brasileiros(as) e estrangeiros(as) residentes no país. A Lei Maria da Penha, uma conquista dos movimentos de mulheres e um avanço jurídico e institucional, tornou esse problema público e de toda a sociedade. A reconstrução da máxima aristotélica acerca da dispensa de tratamento desigual ao que é desigual, gerou o reconhecimento de que não há igualdade em relações construídas sob a dominação física e psicológica. Esta relação de poder é uma construção social, do patriarcado, do Estado burguês em todas as suas esferas e do sistema capitalista, que desprezam a participação das mulheres no conjunto dos espaços sociais públicos, determinando suas atividades aos espaços de reprodução e de domínio privado, bem como condicionam as mulheres como objeto tanto na esfera pública como na esfera privada da vida.
No Brasil já foram amplamente divulgados pela mídia casos de homicidas absolvidos sob a alegação de “legítima defesa da honra”. Com toda a certeza, nas mesmas condições de subtração da vida, esta tese de defesa seria incapaz de livrar uma mulher da condenação por homicídio. Tudo porque o machismo e o preconceito sempre estiveram impregnados no seio da sociedade. Mas não pensem que isto é coisa do século passado. Em pleno terceiro milênio, em regra, a mulher ainda sofre violência psicológica, moral e física no lar e indiscutivelmente encontra-se em situação de inferioridade em relação ao homem. A mudança está ocorrendo, mas é muito lenta e ainda está longe de reverter o quadro de opressão da mulher, principalmente nas classes menos favorecidas.
Nesse sentido, a Marcha Mundial das Mulheres do RS lamenta e repudia as declarações do Juiz de Direito Marcelo Colombelli, posto que, à instância judiciária cabe fundamentalmente dar efetividade as normas e garantir a construção e execução da justiça no país. Perspectiva que não se identifica nas declarações registradas na referida reportagem, que interpreta a norma como inconstitucional, supondo um tratamento desigual entre homens e mulheres, e com isso conflitando o que afixa o final do texto do Artigo 5º/CF 88. O argumento do magistrado coloca que nem sempre o homem é o agressor e a mulher a vítima, e que a legislação aprofunda uma “visão preconceituosa que desconhece que as mulheres hoje são chefes de família e metade da força de trabalho no país”. Consideramos que estas afirmações refletem uma interpretação parcial do dispositivo constitucional e despreza um conjunto de instrumentos de interpretação do texto legal, conforme a doutrina do direito. Despreza a função da justiça, a aplicação e a efetividade da norma em uma determinada realidade e não dialoga com a necessidade de avanços e amparo, em face da violação de direitos que é concreta, não só para as mulheres brasileiras, mas também num conjunto de países. A violência doméstica é um problema mundial e inequivocamente suas vítimas são as mulheres, pois a vulnerabilidade delas é sim uma construção e não um destino meramente biológico ou natural.
A entrevista do Juiz de Direito Marcelo Colombelli está completamente dissociada da realidade e dissemina publicamente todo o um machismo, preconceito, desrespeito e arrogância, características estas que imperam nas estruturas do Judiciário brasileiro. Desde a implantação da Lei Maria da Penha assistimos a uma série de ataques conservadores e retrógrados por parte do Judiciário, deslegitimando, desvalorizando e não reconhecendo uma conquista histórica das mulheres brasileiras. Estes fatos são materializados pela morosidade na apropriação da Lei, negação de medidas protetivas, declarações machistas e falsos subterfúgios legais.
Pretender comparar situações diversas para justificar a não concessão das medidas protetivas legais é algo “draconiano”, isto é, tal qual o Código Draconiano, não contempla os problemas econômicos e sociais, mantendo-se distante de qualquer noção de discernimento e coerência com a realidade e a previsão legal. Explicar a necessidade e a lógica da Lei Maria da Penha é muito simples: quando é necessário parar um navio não basta desligar os motores; é preciso acionar os motores com toda a força no sentido contrário, caso contrário o navio continuaria a navegar por algum tempo. Mas o navio precisa parar AGORA! A sociedade quer dar um BASTA nessa situação! Quando o navio parar, isto é, quando as relações de gênero estiverem em pé de igualdade, quando a mulher assumir a sua plena cidadania, quando a opressão e a violência forem apenas palavras de um dicionário, aí sim não haverá motivo para a existência de Leis que impulsionam a nau da humilhação com toda a força em sentido contrário.
Mulheres em Movimento Mudam o Mundo

Marcha Mundial das Mulheres do Rio Grande do Sul